sábado, 26 de setembro de 2009

Celina - ES - Que bom é ser celinense



Visito Celina duas ou mais vezes por ano. Me sinto totalmente em casa. Em cada residência, em cada barzinho, pelas ruas e calçadas, me deparo com pessoas que conheci quando lá morei. As novas gerações de celinenses interagem com os mais idosos e acabam se tornando parte de uma enorme família.

Além de meus pais Euclydes (Neném) e Cenília (Cenira), eu tinha mais oito irmãos, três mulheres e seis homens. Minhas irmãs se casaram e se foram. Sendo eu o mais velho dos homens fui o primeiro a me mudar, depois foram os outros. De todos, apenas um ainda mora em Celina.

Por sorte seus três filhos permaneceram morando lá. Todos conseguiram uma formação universitária e trabalham no município. Devo admitir que é um privilégio para poucos.

É muito gostoso saber que uma parte de minha família permaneceu cultivando as raízes na nossa querida e amada Celina.

Valeu Miguel e Zezé!
Nós amamos vocês!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Celina - Berço de muitos doutores



A riqueza que o café proporcionava ao distrito deu condições às famílias com oito ou até nove filhos de mantê-los em faculdades das mais diversas. Por isso Celina se orgulha de ter como filhos da terra inúmeros médicos, engenheiros, odontólogos, professores, contadores, advogados ...

Quase 100% destes profissionais tiveram que deixar o distrito por falta de oportunidade de emprego.

Muitos visitam anualmente sua terra natal. Outros nunca mais voltaram.

Vou destacar um homem que não é médico e não teve nenhuma outra formação acadêmica, mas que foi e ainda é um verdadeiro anjo da guarda da comunidade. Embora atualmente esteja aposentado ainda tem forças para acudir os aflitos e os mais necessitados, principalmente quando alguém adquire alguma enfermidade, é ele o primeiro a ser lembrado.

Eu o conheço a mais de 40 anos. Aprendi a admirá-lo e a respeitá-lo por sua sabedoria. Acredito que Celina teria sido muito pior sem ele.
Estou falando de Manoel Fraga Teixeira. O "Manoel da Farmácia".

Obrigado Manoel. Eu agradeço por mim, por minha mãe, pelo meu pai, por minha irmã Ângela e por todos que tão carinhosamente você cuidou, durante décadas.
Receba com muito carinho e gratidão esta singela homagem.

Celina - Fatos e Fotos


Me lembro que acompanhei muitas vezes a tropa do Sr. Duxo. Eram mais ou menos 30 animais (entre mulas e burros) que saiam durante a madrugada carregando no lombo dois balaios cada um, enfrentando chuva, frio e outras intempéries...

Era comum o primeiro animal, aquele que servia de guia, trazer no pescoço uma carreira de pequenos sinos. A medida que ia andando os sinos tocavam anunciando a presença da tropa.

Geralmente quando retornavam ao distrito, os balaios vinham carregados de café recém colhidos nas lavouras da periferia e eram entregues nos armazéns para serem beneficiados.

Existiam centenas de produtores. A tropa trabalhava os 30 dias do mês e mesmo assim não dava conta de tanto café. Celina era um dos distritos que mais produzia café no sul do Espírito Santo.

Era um café de altíssima qualidade e muito valorizado no mercado.

O distrito era populoso e o comércio excelente. Tem algumas empresas que estão no mercado nacional até hoje, que começaram suas atividades em Celina. Destaque para as Casas Lealtex, Casas Franklin e Casas Beber.

Celina - Cidade Canção






Não pretendo ser um saudosista, mas para concluir o real motivo da criação deste espaço é preciso voltar um pouco ao passado para falar de pessoas, casos e "causos pitorescos", um pouco da história do distrito...
Minha intenção e de vários outros patrícios, incluisive moradores de cidades vizinhas tais como Alegre e Guaçuí, é tranformar nossa querida Celina em um ponto de encontro de artistas amadores, principalmente cantores e instrumentistas. Sair pelas ruas durante o anoitecer com grupos de "chorinho", cantar músicas de seresta e declamar poesias nas praças e em locais a serem criados.
Temos inúmeros conterrâneos presentes e ausentes que executam brilhantemente intrumentos de cordas: cavaquim, bandolim e violão. Temos acordinistas e tecladistas dos bons. Temos poetas brilhantes.
Temos tembém ótimas vozes que certamente estarão disponíveis para executarem o que há de melhor em nosso cancioneiro. Para que tudo isto venha a ser uma realidade basta a comunidade querer. Apoio não irá faltar.